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O guia definitivo de vampiros da Organização de Caçadores de São Paulo

Atualizado: 27 de nov. de 2024

Os caçadores de cada estado e país costumam ter sua própria nomenclatura para caracterizar vampiros. No Brasil, existe uma quantidade significativamente menor de vampiros do que em países do Norte, isso porque países tropicais não costumam ser o melhor ambiente para um vampiro se camuflar, já que todos eles geralmente sentem muito frio, independente do ambiente que estão e, para os humanos que os cercam, fica estranho ver uma pessoa de suéter em pleno verão carioca.

Ainda assim, muitos vampiros da era dos Descobrimentos Portugueses encontrou aqui um lar por sentirem um pouco mais de frescor na temperatura do corpo e a facilidade de caçar em tribos e cidades maiores.

Os caçadores em quesito mundial catalogaram cerca de 120 tipos diferentes de vampiros, mas no Brasil não se passa de 8 tipos até hoje, sendo eles:

  • Metamorfos: estes são os vampiros que possuem o talento de se transformarem em outro animal ou até mesmo em uma outra pessoa ou, quem sabe, em outra coisa. No caso dos nascidos metamorfos, eles costumam herdar dos pais um animal de relevante importância em seu subconsciente, seja um animal favorito, um trauma ou um símbolo. Os metamorfos costumam ser 96% modificados por uma imagem animal, sendo os demais tipos não tendo explicações que fizeram pesquisadores se sentirem satisfeitos. A teoria mais difundida entre eles é que, os metamorfos humanoides, de objetos e de outras criaturas vivas não possuíram um laço coerente com os pais durante a gestação, tendo sido filhos não planejados ou de mães que sofreram depressão pós-parto. É como se o traço animal fosse uma herança de proteção, enquanto os demais são uma herança confusa.

    Transformados, no entanto, não podem se tornar metamorfos humanoides, de objetos ou de criaturas. Com eles, a partir do momento que eles recebem o "dom" da Besta de seu Mestre (vampiro responsável pela transformação), eles fundem a Besta ao animal mais fortemente presente do inconsciente do indivíduo, levando em consideração a mesma funcionalidade dos nascidos vampiros.

    A metamorfose não costuma doer e, se for dolorida, a Besta é pequena demais para a transformação. Não há limites para o uso da metamorfose, mas é altamente difundido durante toda a história da pesquisa vampira que, quanto mais preso ao corpo da transformação, mais esquecido o corpo humano será e, então, a Besta se acostumará e preferirá o corpo animal, uma vez que este dá mais vazão para seu traço animalesco.

  • Alquimistas: são aqueles que recebem uma maior probabilidade de estudar e controlar o dom da magia da natureza. Como o próprio nome diz, eles podem se tornar grandes alquimistas e fazer rituais, elixires, poções, transfusões, transmutações e manipular água, fogo, terra e ar. Como citado no texto sobre a Lughnasadh, existem regras dentro dos grupos de alquimistas, isso porque seu dom da Besta está intrinsicamente ligado à espiritualidade.

    Sendo assim, apenas as mulheres podem ser manipuladoras da água e da terra, enquanto só os homens podem ser manipuladores do fogo e do ar. O motivo disto é que cada uma destas divisões está ligada com os dons dos Deuses e Deusas, não apenas da Besta.

    Os alquimistas costumam ser conhecidos como os vampiros mais ligados aos humanos, e quanto menor a Besta em seu interior, mais eles renegam a sua natureza. Eles são ótimos em desfazer maldições, criar extensões de sua mente com a magia de sangue, curar com o auxílio de seu elemento de escolha e até mesmo fazer viagens temporais dependendo de sua experiência e tamanho da Besta.

  • Guarda-chuvas: um nome engraçado para um dos grupos mais temidos por conta de seu dom. Os Guarda-chuvas são manipuladores de sombra, mestres da escuridão. Por serem temidos dentro e fora da comunidade vampira, eles são frequentemente marginalizados desde os primórdios da história dos vampiros no Brasil, quiçá mundialmente. Eles são capazes de fazer tudo com as sombras, desde mudá-las de forma e até mesmo transformá-las em objetos físicos e maciços, podendo capturar indivíduos pelas suas também sombras ou usando da sombra em estado físico para dar golpes ou manifestar armas e outros objetos sombrios, como garras e cipós.

    Por conta de serem historicamente renegados pela sociedade, os Guarda-chuvas costumam viver em conjunto em pequenas comunidades. Há também um grande problema de saúde pública envolvendo o uso de drogas entre estes grupos, que frequentam áreas escuras e comumente escondidas da sociedade. Não à toa a Praça da Sombra no Memorial da América Latina possui este nome, já que popularizou-se entre os Predadores (governantes vampiros) e, depois, entre os humanos, sem contexto.

    Há grupos de Guarda-chuvas que lutam pela sua ascensão, não apenas para seus semelhantes mas também para outros grupos que são menosprezados pelos Predadores e a sociedade alta, em especial a Jera, que mais tarde será discutida.

  • Mentalistas: este grupo costuma ser de vampiros de classe alta, e raramente se encontra um transformado ou grupos marginalizados com este dom da Besta. Os mentalistas são capazes de manipular a mente de vampiros e humanos totalmente à seu critério, sendo assim, o limite é sua criatividade e seus estudos.

    Assim como os alquimistas, os mentalistas também precisam estudar para melhorar e ampliar seu dom. Isso significa que, quanto mais treinar e conhecer os mecanismos corretos para chegar em um resultado, melhor será.

    Eles são capazes de manipular a memória através de cirurgias de apagamento e criação de memórias falsas, despertar memórias escondidas no subconsciente e inconsciente, criar novas habilidades, repassar conhecimentos com rapidez, manipular os sentimentos do outro, reprimir ou reforçar um comportamento, ler mentes e manipular sentidos.

    São, geralmente, paparicados pela alta sociedade e também muito bem pagos para fazer serviços para os mesmos, sendo as famílias mentalistas reconhecidas como semelhantes à famílias mafiosas.

  • Houdinis: este grupo é muito mais protetivo de si. Como o próprio nome diz, são especialistas em escapar e são um dos grupos que mais dão trabalho de serem pegos por conta de suas habilidades de saírem de campo ou criarem ilusões para se protegerem.

    De forma aleatória e ainda não descoberta, os Houdinis possuem apenas uma dessas habilidades: multiplicação, voo, desaparecimento, intangibilidade e velocidade. Talvez suas habilidades também estejam interligadas com seus pais ou seus inconscientes, assim como acontece com os metamorfos, mas essa aparente semelhança ainda não foi devidamente pesquisada.

    Os Houdinis estão em toda parte, desde a alta sociedade até nas comunidades mais humildes e, segundo uma pesquisa recém lançada, eles são a maioria dos vampiros em solo brasileiro:

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  • Marionetistas: um dos grupos mais referidos a estarem envolvidos em seitas do uso do livro da Lei em Vermelho, os marionetistas possuem a habilidade de manipular pessoas, vampiros e animais através do sangue. Eles também podem controlar a temperatura do corpo, a circulação sanguínea e também criar hemorragias. Eles carregam este nome porque, em combate, eles costumam usar carniçais em suas batalhas em um formato claro de mestre-fantoche. Ainda, também usam a seu favor a habilidade do sangue para parar os movimentos do adversário, novamente parecendo um mestre dos fantoches.

    Este é o grupo mais letal reconhecido pelas Organizações de Caçadores de todo o mundo, e também é o grupo que mais preocupa os vampiros também, seja por seus pensamentos extremistas ou suas habilidades que podem causar problemas consideráveis.

    São poucos os marionetistas conhecidos e capturados pela Organização, isso porque eles costumam se camuflar bem entre a sociedade vampira. As conexões que eles têm com a alta sociedade são intensas, sem que a mesma saiba da infiltração destes vampiros, e é assim que os marionetistas mantém o status de cada um de seus indivíduos. Dito isso, é importante saber que a maioria destes vampiros, senão a totalidade, são de classe alta e ocupam espaços de poder, tanto entre os vampiros como entre os humanos.

  • Dunamis: o segundo grupo mais comum de vampiros, os Dunamis são o completo oposto dos Houdinis, porque suas habilidades derivadas do dom da Besta são de ataque. Eles são capazes de saltos super distantes, ou de superforça, ou de garras poderosas, ou dentes e presas usadas para muito além de se alimentar.

    Os Dunamis, em especial os que possuem garras ou dentes afiados, costumam ter dificuldade de se misturar com humanos por conta de seus traços difíceis de serem disfarçados. Estes têm problemas de sobrevivência, assim como os Nosferatus, mas os grupos Dunamis são muito unidos e se ajudam sempre. É incrível ver como indivíduos com poderes tão brutos são tão apaixonados pela sua família. Dunamis nunca andam sozinhos e estão mais frequentemente entre a classe trabalhadora média e baixa.

  • Nosferatus: por fim, os Nosferatus são um grupo pouco populoso que se comportam como os vampiros populares da literatura e do cinema. Sua aparência é mais animalesca que alguns dos Dunamis: orelhas pontudas, pele peluda, nariz achatado, garras enormes e olhos vermelhos. Sua aparência se assemelha muito aos morcegos, se afastando da aparência pálida dos Nosferatus comumente apresentada na cultura popular.

    Eles são muito unidos e costumam dividir suas presas com seus familiares, já que eles raramente saem para caçar por conta de sua aparência "monstruosa".

    É o grupo mais afastado e ignorado pela sociedade vampira, como se fossem um grupo distinto de criaturas. Sendo assim, eles geralmente vivem em galerias de esgoto ou florestas, e caçam de forma letal os humanos.

    Eles são mais comuns em cidades pequenas e rurais, já que nestas o impacto de seus atos são menores e menos falados na mídia. Sendo assim, os caçadores nem sempre têm contato com estes indivíduos.

    Pouco se sabe sobre os comportamentos dos Nosferatus e não se sabe se eles são criaturas verbais, conscientes e empáticas. Em todas as vezes que eles foram vistos e capturados, eles agiram diante dos caçadores de forma animalesca e de pouca calma.

Estes são alguns dos dados que os caçadores possuem sobre os diferentes tipos de vampiros, há muito ainda a ser dividido. Os textos seguirão explorando o mundo subversivo dos vampiros, fique de olho.

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